O Google EEAT é um preceito relativamente novo no mundo de SEO.
“Relativamente”, porque, apesar de algumas de suas diretrizes já serem conhecidas pelos profissionais de otimização de sites, o Google recentemente as atualizou, estabelecendo mudanças importantes no que ele entende como um bom conteúdo.
Dessa forma, o conceito inicial da sigla surgiu em 2019, como “EAT”, mas, no final de 2022, o Google anunciou a adição de mais um “E” entre os fundamentos de seu “guia de ranqueamento”.
Hoje, vamos entender por completo o que é o Google EEAT, sua origem e importância. Ah, e claro, elencamos também algumas dicas práticas sobre como otimizar o seu site pra hoje.
Começando do início:
O que é o Google EEAT?
O mecanismo de busca do Google tem um dos algoritmos mais avançados do mundo. Não é à toa que ele ainda detém mais de 80% do market share nesse ramo.
E, para funcionar, esse mecanismo tem várias regras pré-estabelecidas, que são divulgadas pelo próprio Google, como forma de transparência.
Você já deve ter ouvido falar no ciclo de rastreamento, indexação e ranqueamento, por exemplo. Ele é como o Google encontra, cataloga e depois decide como ranquear as páginas da internet.
No infográfico acima, quando a SemRush fala sobre a sua página cumprir os requisitos, os requisitos dos quais estamos falando são justamente os E-E-A-T.
O Google E-E-A-T (ou “Double E-A-T”) nada mais é do que um conjunto de diretrizes que avaliam a qualidade do conteúdo de um site para o Google.
Só isso já demonstra a importância da sigla, que tem seus guidelines estudados por profissionais de SEO de todo o mundo.
E-E-A-T significa Experience, Expertise, Authoritativeness, and Trust, no original em inglês. Em português, temos Experiência, Especialização (ou Expertise mesmo), Autoridade e Confiança.
O que significa que, para um conteúdo ser considerado bom e confiável para o Google, ele necessariamente precisa explorar esses quatro pilares.
Quem cria os melhores conteúdos, além de somente aparecer na página de resultados do mecanismo de busca, também é mostrado nas primeiras posições, como os recursos que mais podem responder de forma segura às dúvidas dos usuários.
E isso, se já não ficou claro, pode ser muito, mas muito importante para a sua marca.
Mais para frente, vamos falar sobre como explorar cada um desses requisitos, mas antes, mais uma curiosidade:
Do Google EAT para o EEAT
Desde o início de sua história, o Google vem otimizando o seu algoritmo para melhorar os resultados de busca para o usuário e, claro, manter sua posição como o maior buscador do mercado.
Assim, como explicamos na introdução, o EEAT é um preceito relativamente novo, com a adição do “E” de “Experiência” tendo ocorrido em 2022, por meio do documento Search Quality Evaluator Guidelines (Diretrizes para Avaliação de Qualidade na Busca, em português).
Essa nova adição só reforça as últimas tendências do mecanismo em priorizar conteúdo útil, informativo e aprofundado para o usuário.
Hoje, é preferível que alguém que tenha uma experiência “mão na massa” sobre determinado assunto escreva sobre o mesmo, do que alguém que não teve nenhum contato ou apenas estudou de longe o tópico.
Leia também: Futuro do marketing: para 2024 e além.
Qual a diferença entre EEAT e YMYL?
Apesar de terem sido divulgados no mesmo documento, os dois conceitos são completamente diferentes um do outro. 😅
YMYL significa “Your Money, Your Life” e trata sobre aquelas páginas ou sites que abordam conteúdos que o Google considera sensíveis, como saúde, segurança ou finanças, por exemplo.
A empresa entende que os tópicos YMYL podem impactar diretamente a saúde, estabilidade financeira ou segurança das pessoas — ou até o bem-estar da sociedade como um todo.
Por exemplo, mesmo pequenas imprecisões de conteúdo podem afetar os usuários em palavras-chave como: “sintomas de um ataque cardíaco”, “como investir dinheiro” ou “o que fazer em caso de terremoto”.
A sigla existe para destacar que alguns conteúdos requerem maior escrutínio para a classificação, e, assim, um foco ainda maior no EEAT.
Mas ainda não falamos sobre o principal: o que cada letra dessa sigla representa, em detalhes? Vamos lá?
O que significa cada parte do EEAT?
Para definições precisas sobre cada letra do Google EEAT, separamos o que a própria marca diz sobre elas. Acompanhe:
Trust ou Confiança
Começamos com o “T” de Trust ou Confiança, porque, apesar de ser a última letra da sigla, ele é o pilar central das diretrizes EEAT.
Experiência, Expertise e Autoridade são elementos que estão ali, no final das contas, apenas para reforçar a confiabilidade de determinado domínio.
Por isso, ele é o nosso foco central aqui. Vamos ao que o Search Quality Evaluator Guidelines fala sobre ele:
“Considere o quanto determinada página é precisa, honesta, segura e confiável. O tipo e a quantidade de confiança necessária dependem da página, por exemplo:
- Lojas online precisam de sistemas de pagamento online seguros e de um atendimento ao cliente confiável.
- Avaliações de produtos devem ser honestas e escritas para ajudar outras pessoas a tomar decisões de compra informadas (em vez de apenas vender o produto).
- Páginas informativas sobre tópicos de YMYL (Your Money or Your Life) devem ser precisas para prevenir danos às pessoas e à sociedade.
- Postagens em redes sociais sobre tópicos não relacionados a YMYL podem não precisar de um alto nível de confiança, como quando o propósito da postagem é entreter seu público e o conteúdo da postagem não representa risco de causar danos.”
Experience ou Experiência
O critério mais recente adicionado pelo buscador diz respeito à experiência que um criador de conteúdo deve ter sobre o assunto sobre o qual está escrevendo.
No Search Quality Evaluator Guidelines temos a seguinte descrição:
“Considere o quanto o criador de conteúdo possui a experiência pessoal ou de vida necessária para o tópico. Muitas páginas são confiáveis e cumprem bem seu propósito quando criadas por pessoas com uma riqueza de experiência pessoal. Por exemplo, em qual você confiaria mais: uma avaliação de produto de alguém que usou pessoalmente o produto ou uma “avaliação” de alguém que não usou?”
Como dissemos, esse critério explora as mais recentes tendências do Google e prioriza nos resultados de busca os textos que focam mais em pessoas do que em técnicas.
Afinal, quem é que não gostaria de ler um conteúdo que recebe relatos pessoais, sejam positivos ou negativos, de quem já passou pela experiência da qual o texto está tratando? E isso também não o torna ainda mais confiável — fortalecendo o nosso pilar central.
Expertise ou Especialização
A Expertise ou Especialização, como o próprio nome diz, está relacionada com a “credencial” do criador de conteúdo, com o quanto ele é especializado em determinado assunto. Por isso, o Search Quality Evaluator Guidelines nos traz:
“Considere o quanto o criador de conteúdo possui o conhecimento ou habilidade necessários para o tópico. Diferentes tópicos exigem níveis e tipos diferentes de expertise para serem confiáveis. Por exemplo, em qual você confiaria mais: conselhos sobre reestruturação elétrica doméstica de um eletricista qualificado ou de um entusiasta de casas antigas que não possui conhecimento sobre fiação elétrica?”.
Authoritativeness ou Autoridade
Por fim, a Autoridade diz respeito ao quanto o criador de conteúdo ou a marca é comprovadamente reconhecido por ser especialista naquele(s) tópico(s).
Leia o que diz o Search Quality Evaluator Guidelines para entender completamente sobre o assunto:
“Considere o quanto o criador de conteúdo ou o site é conhecido como uma fonte confiável para o tópico. Embora a maioria dos tópicos não tenha um site ou criador de conteúdo oficial e autoritário, quando o têm, esse site ou criador de conteúdo geralmente está entre as fontes mais confiáveis e seguras.
Por exemplo, uma página de perfil de negócios local nas redes sociais pode ser a fonte autoritária e confiável para saber o que está em promoção no momento. A página oficial do governo para obter um passaporte é a fonte única, oficial e autoritária para a renovação de passaportes.”
Como melhorar o EEAT do seu site?
Bom, passamos pela definição do Google EEAT e exploramos minuciosamente cada um dos termos de sua sigla. O que está faltando agora é “só” o mais importante: como melhorar o EEAT do seu site?
Esse é um passo a passo que não é necessariamente simples, pois pode requerer muitos processos, como melhorias no seu conteúdo e às vezes até grandes mudançasno site.
Por isso, conte com profissionais de SEO especializados para te acompanhar nesta jornada.
Faça uma análise do seu conteúdo — e o aprimore, se preciso
Tente entender, à luz destas diretrizes, como anda o seu conteúdo hoje. Ele apresenta pesquisas aprofundadas, focadas na dúvida do usuário, ou só aborda “mais do mesmo”?
Para isso, uma dica importante: contrate profissionais qualificados para escrever para você. Sempre priorize criadores de conteúdo que já tenham experiência escrevendo sobre a área do seu negócio ou que até mesmo tenham tido experiências “mão na massa” com o que você trabalha.
Divulgue informações sobre o autor do texto com transparência
O Google precisa entender se quem está escrevendo o seu conteúdo possui especialização e autoridade para falar sobre o que está falando.
Por isso, as páginas de autores, com mini biografias, ainda são tão importantes para SEO. Ainda mais se os tópicos abordados são YMYL.
Caso você faça parte de um blog médico ou jurídico, por exemplo, é sempre importante incluir o CRM ou o número da OAB de quem criou ou revisou aquele conteúdo.
Utilize Conteúdo Gerado pelo Usuário
User-Generated Content (UGC), ou “Conteúdo Gerado pelo Usuário”, nada mais é do que aquele tipo de conteúdo autêntico gerado por usuários reais, organicamente.
Eles podem vir na forma de comentários sobre o seu produto nas redes sociais ou blog, e até mesmo de resenhas postadas em forma de vídeo no YouTube ou TikTok, por exemplo.
Aproveite para incluí-los no seu site, e inclusive facilite a sua inserção, para fortalecer os pilares de Autoridade e Confiança.
Leia também: É possível fazer SEO para redes sociais?
Conquiste backlinks autoritários
Backlinks são os links em sites de terceiros que levam para o seu conteúdo. Assim, se uma marca reconhecidamente confiável está apontando para o seu site, o Google entende que ele pode ser confiável também. E, por mais simples que pareça, isso pode trazer muito resultado.
Se a sua empresa vende soluções de limpeza ecológica, por exemplo, e é mencionada e linkada em um conteúdo da Greenpeace, isso pode ser um bom sinal.
Para conquistar esses backlinks, porém, não é simples e envolve um longo trabalho de link building. Por isso, como comentamos, conte com bons profissionais para te ajudar.
A otimização para mecanismos de busca é um dos aspectos mais importantes do SEM, ou Search Engine Marketing. E ela é útil não só para o seu conteúdo orgânico, mas para o pago também.
Ter um site que seja rápido, leve e considerado confiável pelo Google é algo que pode influenciar — e muito — na performance dos seus anúncios.
Para saber tudo sobre o assunto, continue a sua leitura com o nosso texto Como conseguir resultados com Marketing de Performance?. Prometo que não vai se arrepender.
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